segunda-feira, 24 de junho de 2013

MEIOS DE TRANSPORTE NO BRASIL - PARTE 1

       Os meios de transportes são vitais para o escoamento da produção agrícola, minérios, produtos manufaturados, propiciarem o deslocamento de pessoas e, principalmente, integrarem todo o território nacional.
         A maioria do transporte de cargas e passageiros no Brasil utiliza-se do sistema rodoviário, predominante especialmente a partir do governo Juscelino Kubitschek (1956-1961), quando  malha rodoviária do país passou a se expandir incessantemente, ao mesmo tempo que as ferrovias eram sucateadas (abandonadas, deterioravam e tornavam-se obsoletas). Desde essa época, apenas algumas linhas férreas estratégicas foram preservadas ou construídas. Por exemplo, a implementação do Projeto Grande Carajás, no início dos anos 1990, exigiu a construção da Estrada de Ferro Carajás, que escoa o minério de ferro extraído no sul do Pará até o porto do Itaqui e o Terminal Ponta da Madeira, São Luís.
As redes informacionais (satélites, sistemas de transmissão, cabos de fibra ótica e terminais de computadores) e de meios de transporte de cargas e pessoas (rodoviário, hidroviário, aeroviário, ferroviário) são o suporte básico em torno do qual se estrutura o território. Quanto mais intenso for o fluxo através dessas redes, mais intensas serão as relações sociais e econômicas. Essas redes de informação e transporte viabilizam e incrementam a eficiência e a produtividade das empresas. Portanto, quanto mais intenso for o fluxo dessas redes e maior o seu número, maior será o desenvolvimento econômico do país.
          Ao compararmos os mapas dos tipos de redes de transporte, fica evidente o predomínio absoluto do sistema rodoviário. Esse modelo se firmou como o principal do país ao longo da segunda metade do século XX, quando muitas ferrovias foram desativadas.

 Em 1929, ano da crise da Bolsa de Nova York, estendiam-se pelo Brasil 32 mil quilômetros de estradas de ferro. Meio século depois, a malha ferroviária estava reduzida a apenas 30 mil quilômetros, sendo que muitas linhas subaproveitadas estavam na iminência de serem desativadas. Por sua vez, os Estados Unidos, um país cujo território tem dimensões semelhantes às do Brasil, possuíam no início do século XXI cerca de 220 mil quilômetros de ferrovias modernas e funcionais, como resultado da implantação de um projeto nacional de desenvolvimento estratégico a longo prazo.

MEIOS DE TRANSPORTE NO BRASIL - PARTE 2

          Na verdade, o Brasil nunca colocou em prática uma estratégia de desenvolvimento baseada num projeto nacional. Apenas nas últimas décadas houve uma pequena retomada do transporte ferroviário. A Estrada de Ferro Carajás, como vimos, foi implantada só para escoar o minério de ferro do sul do Pará para o litoral maranhense, de onde segue para o mercado externo.
          A construção dessa ferrovia, no entanto, não representou a viabilização de uma política de transporte racional. Ao contrário, constituiu um episódio isolado, uma vez que desde a década de 1950 a combinação de capital nacional, internacional e estatal, no Brasil, optou pelo transporte rodoviário, atendendo aos interesses das transnacionais ligadas aos setores automobilístico e petroquímico, entre outros.
          Os grandes espaços pouco povoados do Norte e do Centro-Oeste foram integrados pelas rodovias nos últimos cinquenta anos, mas esse modelo está se tornando insustentável, em decorrência dos altos custos dos fretes, puxados para cima pelos preços dos combustíveis.

   Esse problema poderia ser resolvido se o Brasil desenvolvesse um planejamento estratégico baseado nos interesses nacionais. Isso poderia levar em consideração a rica rede de rios navegáveis existente no território brasileiro. Durante o período colonial e no Império, essa rede foi fundamental para a ocupação e a integração de nosso território. Contudo, no século XX, o transporte hidroviário foi responsável por apenas 1,2% do escoamento da produção - nos Estados Unidos, 33% da produção é transportada por hidrovias. Nas últimas décadas, porém, nota-se um esforço do Estado no sentido de incorporar e ampliar esse tipo de transporte. Estão em andamento quatro grandes projetos hidroviários: Teles Pires-Tapajós, Paraguai-Paraná, Tietê-Paraná e Araguaia-Tocantins.

MEIOS DE TRANSPORTE NO BRASIL - PARTE 3

         Outra solução para o barateamento dos transportes no Brasil é a adoção do sistema intermodal, isto é, a articulação entre rodovias, ferrovias e hidrovias. Essa integração foi implementada no corredor de exportação de soja que interliga a região sul do Mato Grosso ao porto de Itaqui e ao terminal Ponta da Madeira, no Maranhão. Trata-se de uma opção bem menos onerosa, uma alternativa racional ao transporte rodoviário da soja até o porto de Paranaguá, por exemplo.
 A intensificação dos fluxos de transporte foi acelerada pelo processo de internacionalização da economia chamado de globalização. Cada vez mais, o capital internacional está se apropriando das estruturas básicas montadas pelo Estado. Este, por sua vez, extremamente endividado e com grandes problemas sociais a resolver (saneamento básico, saúde, educação, trabalho, previdência etc.), opta pela privatização de portos, aeroportos, ferrovias, usinas hidrelétricas e sistemas de telecomunicações, além da flexibilização do monopólio da Petrobrás. Os bilhões de dólares conseguidos dessa forma são usados para aliviar as dívidas interna e externa. Porém, a médio prazo, espera-se que a redução da dívida propicie investimentos na área social.
          De qualquer forma, essa atitude estimula o crescimento do poder dos oligopólios, isto é, de empresas que detêm o controle da maior parte do mercado, dividindo-o com um pequeno número de concorrentes.

       Os oligopólios ameaçam até os corredores de exportação, que articulam os diversos sistemas de transporte (rodovias, ferrovias e hidrovias) para direcionar a produção para o mercado externo. São terminais importantes desses corredores os portos de Santos (SP), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS) e Vitória-Tubarão (ES). Criados nas décadas de 1970 e 1980, esses corredores expandiram-se nas décadas posteriores e passaram a ser muito cobiçados por grandes empresas nacionais e transnacionais. Esse interesse fez com que também entrassem na pauta da política de privatizações.

domingo, 23 de junho de 2013

SUPER LUA - 23/06/2013



A superlua, um fenômeno em que o satélite natural da Terra fica maior e mais brilhante do que o comum em uma Lua cheia, acontecerá no dia 23 de junho. Este também será o encontro mais próximo da Terra com a Lua do que todo o ano de 2013. O evento acontece quando a Lua chega ao seu ponto mais próximo da Terra. O fenômeno é também chamado de perigeu lunar, já que a órbita lunar tem o formato de elipse, e não de círculo.
A proximidade da Lua pode aumentar as marés, mas não há com o que se preocupar já que as variações serão de apenas alguns centímetros a mais do que o normal. A agência espacial americana (Nasa) alerta também que as Luas perigeu não disparam desastres naturais. Para quem deseja fotos ou apreciar o fato, o melhor momento para observar a Lua é quando ela ainda está perto do horizonte. Em contraste com árvores e prédios, ela parecerá ainda maior.

PEC - 37

É uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e ela propõe o seguinte: que investigações sobre crimes sejam feitas apenas pelas polícias Civil e Federal, deixando o Ministério Público de fora. Hoje, o MP tem poder para começar a investigar, junto com a policia federal ou civil, um crime caso ele julgue necessário. Ela foi aprovada nas comissões e agora pode entrar na pauta de votações do Congresso. A princípio, será votada pelos deputados no próximo dia 26 de junho.