Os meios de transportes
são vitais para o escoamento da produção agrícola, minérios, produtos
manufaturados, propiciarem o deslocamento de pessoas e, principalmente,
integrarem todo o território nacional.
A maioria do transporte de cargas e passageiros no Brasil utiliza-se do sistema
rodoviário, predominante especialmente a partir do governo Juscelino Kubitschek
(1956-1961), quando malha rodoviária do país passou a se expandir
incessantemente, ao mesmo tempo que as ferrovias eram sucateadas (abandonadas,
deterioravam e tornavam-se obsoletas). Desde essa época, apenas algumas linhas
férreas estratégicas foram preservadas ou construídas. Por exemplo, a
implementação do Projeto Grande Carajás, no início dos anos 1990, exigiu a
construção da Estrada de Ferro Carajás, que escoa o minério de ferro extraído
no sul do Pará até o porto do Itaqui e o Terminal Ponta da Madeira, São Luís.
As redes informacionais
(satélites, sistemas de transmissão, cabos de fibra ótica e terminais de
computadores) e de meios de transporte de cargas e pessoas (rodoviário,
hidroviário, aeroviário, ferroviário) são o suporte básico em torno do qual se
estrutura o território. Quanto mais intenso for o fluxo através dessas redes, mais
intensas serão as relações sociais e econômicas. Essas redes de informação e
transporte viabilizam e incrementam a eficiência e a produtividade das
empresas. Portanto, quanto mais intenso for o fluxo dessas redes e maior o seu
número, maior será o desenvolvimento econômico do país.
Ao compararmos os mapas dos tipos de redes de transporte, fica evidente o
predomínio absoluto do sistema rodoviário. Esse modelo se firmou como o
principal do país ao longo da segunda metade do século XX, quando muitas
ferrovias foram desativadas.
Em 1929, ano da crise da Bolsa de Nova York, estendiam-se pelo
Brasil 32 mil quilômetros de estradas de ferro. Meio século depois, a malha
ferroviária estava reduzida a apenas 30 mil quilômetros, sendo que muitas
linhas subaproveitadas estavam na iminência de serem desativadas. Por sua vez,
os Estados Unidos, um país cujo território tem dimensões semelhantes às do
Brasil, possuíam no início do século XXI cerca de 220 mil quilômetros de
ferrovias modernas e funcionais, como resultado da implantação de um projeto
nacional de desenvolvimento estratégico a longo prazo.